quarta-feira, 12 de outubro de 2011

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A grandeza de Ser Criança


Hoje, para mim, está sendo um dia melancólico, pensativo, até mesmo triste por motivo de doença na família. É muito triste ver quem você ama sofrer e ficar se perguntando o que você pode fazer para ajudar, quando as possibilidades são poucas. Bem, mas resolvi escrever porque amei ser criança um dia, amo ser criança de vez em quando e amo crianças também. Minha infância e adolescência foi muito boa, apesar de ter vivenciado o falecimento de meu pai com apenas 9 anos de idade. Fico sempre pensando o quanto Deus guardou meu coração...
A minha infância foi bem modesta e não tinha tudo o que queria, mas acabava ganhando bastante coisas, devido ao esforço de meus pais em fazer até aquilo que não podia para nos agradar e nos fazer feliz. Lembro-me de um dia ter pedido ao meu pai um all star vermelho e ele me falar que no momento não tinha o dinheiro para comprar. Dias depois, eu acordo para ir à escola e tem uma caixa de sapato em cima de minha cama. Abri a caixa e encontrei o meu all star vermelho lá dentro.
Essas coisas são impagáveis. Assim como meu primeiro dentinho de leite que caiu. Papai mandou fazer uma correntinha de ouro e colocá-lo como pingente. Lindo! As brincadeiras com os primos, as viagens para a praia no fim do ano, a primeira lancheira, a compra de material escolar, a primeira vez que entrei numa biblioteca, ao sete anos de idade, tudo isso vai ficar na memória. 
As missas de domingo, o cheiro de pipoca doce, as tardes em que passávamos chupando laranja e comendo melancia...os jogos de futebol do papai, os churrascos em família, o cheiro de carvão queimando...As noites que ficávamos deitados na rede só descansando...e às vezes ouvindo Richard Claiderman ou a pedido de nós, crianças: a Turma do Balão Mágico.
Gente! Lembra disso: o primeiro Sítio do Pica Pau, que saudade!
É tudo muito latente e as lembranças são vívidas. Ficaria horas falando. A TV também fez parte de nossa vida na infância. Não tínhamos video game, nem outros jogos e a TV era presente em todo o tempo. Internet então, se alguém mencionasse que um dia existiria, ficaríamos duvidando da saúde mental de tal pessoa. Selecionei alguns desenhos, seriados ou discos que marcaram minha vida, talvez a sua também. É muito bom lembrar, pois sempre associo a momentos bons. Vamos lá:

O Primeiro LP Xou da Xuxa, Eu tive, inclusive os que se seguiram!
Lembro de filmes antigos como O Mágico de Oz, O Gordo e o Magro!
Teve uma época em que passou à noite, começava com a introdução da Twenty Century Fox
A Caverna do Dragão: Ficava esperando ansiosa, eu amava!
Brinquedos da Estrela: Objetos de Desejo!
A Turma do Chaves é muito boa!
Coleção Vaga Lume: Adorava ler!
Chegava da Escola correndo para assistir!
Eu chegava chorar pelas injustiças cometidas contra o Cirilo!
She Ra: gostava muito, sobretudo as musiquinhas do desenho!
Um dos meus desenhos preferidos. Não fui ver o filme snif snif!
A Punk, A Levada da Breca!
E para finalizar, um seriado que amo e dou muuuitas risadas, é o Todo Mundo Odeia o Chris, que agora agora está passando na Rede Record. É hilário e cai nos gostos das crianças e adultos, com suas piadas irônicas e com temas sociais como racismo, preconceito, pobreza, marginalidade. É baseado na infância do ator Chris Rock, que produz a série. É muito divertido!
No Brasil: Todo Mundo odeia o Chris: passa toda tarde na Rede Record

Um feliz dia das crianças para TODOS!!!!

domingo, 9 de outubro de 2011

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A medida do Ser



Perdi a noção quando comecei a falar o que quis, doesse a quem doesse
Quando, depois de um período de longa resignação e ressentimento, renasci das cinzas e quis me impôr a todo custo
Perdi a medida quando falei sem pensar, quando falei o que pensei, sem se importar com quem ouviu
Perdi a noção quando me antecipei e tirei conclusões precipitadas, sem ouvir as pessoas e sem atestar os fatos. Sem analisar a situação. Quisera eu ter tido a prudência dos gatos.
Perdi a noção quando pensei não estar sendo valorizada tanto quanto merecia, pois olhei demasiado para mim, talvez agregando um valor superestimado.
Perdi a medida quando não me coloquei no lugar do outro, quando perdi a empatia.
Reencontrar a medida certa é uma oportunidade singular, sutil, um presente.

PARA LER E ASSISTIR:




 Ensaio sobre a Cegueira, do escritor português José Saramago (in memorian) e filme dirigido por Fernando Meirelles.