domingo, 31 de julho de 2011

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Dilemas da mãe de um gato ou de dois



Imagem: frepick.com

Imagem: frepick.com

Oi amigos leitores, como foi o domingo de vocês? O meu foi chuvoso e preguiçoso, acabei de assistir a um filme muito bonito chamado Um Sonho Possível, com a Sandra Bullock, sobre uma história real de um adolescente abandonado pelos pais que sem ter para onde ir encontra   uma família que lhe dá abrigo, alimento e proteção e depois muito mais que isso, o adota como seu próprio filho. Linda história.
Mas hoje escrevo para desabafar. Sou apaixonada por gatos. Tenho um de quase dois anos chamado Jacob. Nesse tempo tenho descoberto muitas coisas sobre esse bicho que não conhecia, eles são fascinantes.  A princípio ficamos com ele por ser um bichinho lindo, achamos que teria espaço e sempre gostamos de bichos de estimação (mas até então só tinha tido cachorros). Meu amor por eles ultrapassa o sentimento que tenho pelo Jacob e se estende a todos os gatos do mundo. É uma coisa que não consigo explicar.

Ano passado apareceu um gatinho cinza rajadinho aqui em casa, recém nascido, achamos que alguém o abandonou aqui por perto, até por saber do nosso zelo por felinos. A aproximação dele com o Jacob não foi nada boa e ele acabou agredido pelo veterano. Descobrimos então que a convivência não seria possível, pois os dois não podiam ficar perto um do outro. Infelizmente o Jacob mudou seu comportamento e ficou mais arredio conosco, ficava mais tempo fora de casa e estava sempre incomodado.  Sem coragem de fazer o que muitas pessoas fazem, não o abandonei e sim comecei a procurar um lar cheio de amor e carinho para ele. O batizamos de Charlie, o castramos e começamos a procura por um novo dono. Quase quatro meses, mantendo-o, com muito sacrifício, longe do Jacob, conseguimos colocá-lo numa nova família. Sofri bastante, chorei, já havia me apegado à ele, principalmente porque ele confiava muito em nós e eu tinha a impressão que ele era muito grato por tudo o que fizemos por ele (tem um post aqui no blog dedicado só a ele).
A paz voltou a reinar e o Jacob ficou incrivelmente mais carinhoso conosco.

Uma bela tarde estava eu aqui no computador, escuto a maior gritaria lá fora, saio para ver o que era e vejo uma linda gatinha branca, com manchas marrons e pretas, de olhos azuis profundos encolhidinha num cantinho, morrendo de medo e susto. Ela entrou no nosso quintal, ou melhor, no quintal do Jacob e ele não deixou barato. Peguei-a no colo, fui de casa em casa nas proximidades perguntando se alguém tinha perdido uma gatinha ou se alguém a conhecia. Ninguém. Naquele momento sabia que o porão que abrigara o Charlie por tantas noites, ganhara nova inquilina: a Juliet.

Tudo recomeçou, até que um dia, numa distração nossa, o Jacob (que estávamos pensando que estava a aceitando) a atacou. Mordeu-a próximo ao rabo e sangrou muito. Ficou bastante machucada. Levamos ao veterinário, tomando remédios durante dez dias, o machucado fechou, mas o rabo não levantou mais. Agora os machucados voltaram e estou muito preocupada, levarei-a novamente ao médico, sofro muito vê-la desse jeito.
A Juliet se tornou a menininha da casa e de forma alguma deixamos de lado nosso lindo Jacob, que não a aceita de jeito nenhum.  Acontece que agora estou com esse dilema: encontrar um lar para ela e sofrer um montão por ter de ficar longe dela ou se tiver que ficar com ela, viver separando os dois eternamente e deixá-la trancada no porão enquanto estivermos no trabalho (o que me mata só de pensar!). Peço desculpas pelo desabafo e pelo post longo, é que realmente estou com essa aflição em meu coração e escrever aqui e compartilhar me faz bem.

Desejo a todos uma ótima semana, que coisas boas aconteçam e penso sempre que cada dia é um presente de Deus, aproveitemos da melhor forma possível...
Jacob pequenininho: parecia de pelúcia!
Posando para a foto

E a ferinha cresceu: nosso Frank Sinatra com esses olhos azuis!

Essa é a Juliet: adora uma cabaninha de cobertor!

Irresistível essa gatinha!
Qual será o destino dessa princesinha?

Deus nos ensina nos pequenos detalhes, nas coisas mais simples, nas gotas de vida.

6 comentários:

Flávia Shiroma disse...

Patrícia,
Eu e o meu marido lemos juntos o seu post e enquanto líamos, íamos conversando sobre o assunto.
Seria bom se você conseguisse um novo lar para a Juliet onde os novos donos pudessem dar o amor e, principalmente, a liberdade que você não pode dar. Sei que você vai sofrer de novo, mas tente pensar na gatinha. Ficar trancada deve ser muito ruim, ainda mais para os gatinhos que adoram liberdade. Digo isso porque aqui em casa o Robinho e a Celeste ficam quase loucos de tanto miar para sair no quintal!!! Eu e o meu marido não podemos deixar os dois gatinhos soltos a tarde toda porque também temos 2 cachorros que não aceitaram ainda a presença dos dois felinos e tememos que algo ruim aconteça. Por isso sugiro que tente um novo lar para a linda Juliet, mas que tenha amor e conforto.
Espero ter ajudado.
Beijos

ps.: olha só o 'louco_polêmico' aqui!! Ele deixou esta mesma mensagem pra mim hoje! rs

Patrícia Taconi disse...

Ai, Flávia...obrigada por me ouvir e por deixar seus conselhos. Tem situações que precisamos ouvir outras pessoas...e ainda mais agora que você é mamãe de dois lindos gatinhos rs rs, você me entende melhor. Talvez no sábado uma menina que trabalha com a minha irmã, a Juliana, vai vir aqui em casa ver ela...vamos ver o que acontece.
Até mais e obrigada novamente, bjos.

Flávia Shiroma disse...

Oi Patrícia!
E aí? Conseguiu uma nova mamãe para a Juliet? Por aqui as coisas estão bem, os nossos gatinhos estão cada vez mais espertinhos!! E como comem! rsrsrsrs....

Tem uma parte deste seu post que você diz que escreveu sobre seu gato aqui no blog, mas não achei o link. Vc poderia me passar?
Depois que descobri meu amor pela Celeste e pelo Robinho, passei a me interessar sobre tudo o que as pessoas escrevem sobre os felinos!!

Beijão!!!

ps.: obrigada pelos parabéns pela minha CNH! Puxa, foi difícil mesmo pra você tirar a sua né? Mas, no final tudo vale à pena!

:)

Erika disse...

Oi, Patrícia, antes de tudo, parabéns pelo seu novo trabalho e é claro que pode usar textos do Coffee Break. Quanto aos gatinhos, sei bem o que você está vivendo porque já passei por esta situação algumas vezes com gatos, a gente que é gateira e ama todos eles, sai levando para casa todos que fazem uma carinha fofa para nós e não entende como eles podem não se dar bem, né? Mas eles são assim mesmo, ciumentos e possessivos, todo gato é meio Cazuza, Exagerado rs. O Jacob é igualzinho ao último gato que eu tive, Siamês, reizinho da casa, manda e desmanda em tudo, tudo é dele, inclusive os humanos hahaha e lindo de morrer, uma graça, divertido, manhoso...rsrsrs Os gatos são apaixonates!

Lilian disse...

Patrícia,
Parece que os siameses são dados à realeza e mais difíceis mesmo. A nossa sorte em casa é que a Mia nunca atacou os pequenos de verdade. Às vezes, ela faz fita, silva, estica as patinhas como que para arranhar, mas nunca com as garras de fora. Geralmente, isso acontece quando um deles come a comida dela, ou se aproxima para brincar. Os dois são fascinados por ela e querem fazer tudo o que ela faz.
As coordenadoras da adoção nos recomendaram não interferir quando ela "briga" com eles, já que não está machucando ninguém de verdade. É o seu jeitinho de dizer "me respeitem". Quanto mais interferirmos pior.
A vinda do terceiro gatinho nos ajudou a encontrar equilíbrio (os dois pequenos vivem ocupados entre si e a deixam em paz), mas acho que a chave é seguir dando muita atenção a Mia (e ao Jacob), fazê-la se sentir especial.
É um processo gradual, mas em casa está funcionando. Algum tempo já se passou desde que escreveu. Será que conseguiu tirar a Juliet do porão? Espero que as coisas tenham se acalmado por aí.
Um beijo

Patrícia Taconi disse...

Oi Lilian...realmente temos sofrido muito com essa situação, sobretudo porque o Jacob não fica ameaçando. Ele vai e ataca. Então pega todo mundo de surpresa. Já foi pior, agora dá até pra gente sair de perto e deixar os dois (mas sempre dando espiadas).
Quanto a Juliet, ela dorme no porão e passa o dia solta, sempre fugindo do Jacob (Ela não gosta dele e tem medo dele). Mas agora que vou começar a trabalhar fora de casa, não sei o que vou fazer. Não posso deixá-la trancada dia e noite no porão e tenho medo de sair e deixá-la sozinha com ele...
Mas tudo bem, daremos um jeito, nem que seja adotar um terceiro amiguinho rs rs rs.
Um beijo Lilian!

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