sexta-feira, 11 de março de 2011

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A dualidade do ser




Algumas reflexões surgiram após ter assistido ao filme Cisne Negro (Black Swan, 2010), de Darren Aronofsky,  que apesar de não ter levado a estatueta do Oscar de melhor filme, sua protagonista (Natalie Portman) levou de melhor atriz, uma conquista mais do que merecida, já que sua atuação no filme é brilhante. Apesar de lhe faltar a leveza e porte físico de uma bailarina, a dedicação da atriz foi incontestável, com perda de (muito) peso e treinos diários. O resultado é que Portman consegue envolver o espectador em sua obsessão pela perfeição e pelo papel principal no espetáculo, além de um notável sentimento de enclausuramento de Nina (sua personagem), fazendo alusão  com Odete, a princesa de Tchaikovsky, que fica aprisionada num cisne.  

O que impressiona e traz a reflexão é a dualidade da personagem Nina, que aprisionada por sua obsessão (com a colaboração de sua mãe e do diretor da companhia), não vive um só minuto de paz, com exceção de quando decide se “rebelar” (não se sabe se foi real ou fantasia de sua mente), tendo seu momento de redenção nos últimos minutos do filme, pagando com sua vida.

Bem, o enredo é esse, mas parei para pensar na dualidade do ser humano, na capacidade  dos homens de fazer tanto o bem quanto o mal. Também na luta interior que travamos para agir corretamente. Por vezes me pego pensando o que seria o certo fazer, pensar ou agir. Já vimos nas aulas de ética, que muitas atitudes nossas são pautadas em nossa “moral”: em tudo aquilo que aprendemos e apreendemos desde muito cedo.  

Como a exemplo de Nina no filme, não podemos ser pessoas formatadas (dentro de uma forma!) e acríticas. Devemos ter nossas próprias escolhas e opiniões, o que requer também muita responsabilidade e clareza nos nossos atos, assim como incumbir-se das conseqüências.

Paro e penso e vejo que as questões filosóficas são boas para refletirmos e as próprias questões trazidas pelo filme também. Mas nas escrituras encontramos uma resposta, como o próprio apóstolo diz em sua carta aos Romanos: “Todos se extraviaram e se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só” (9:12). A nossa natureza é inclinada para o mal. Essa premissa só tem outro destino quando essa mesma natureza é transformada pelo amor. Os mesmos escritos sagrados expressa que Deus é amor.
“Ninguém jamais viu a Deus, mas se amarmos uns aos outros, Deus está em nós, e em nós é aperfeiçoado o seu amor” (I Jô 4:12).

Não é fácil pôr em prática. Às vezes passamos por momentos difíceis por algum motivo, às vezes sem motivo algum, somente aqueles que só você (e Deus!) sabe. Mas esforçar-nos para fazer a diferença faz toda a diferença (que redundância!). E o mais importante é que para isso não há obstáculo a não ser você mesmo. Então, ta fácil não ta? (He, He). Lembrei de outro filme que gosto muito:  Sim, Senhor (com Jim Carrey) em que tudo na vida dele muda  (pra melhor) depois que começa a dizer uma palavrinha mágica: sim. Então vamos falar sim para todas as coisas boas e um NÂO bem grande para tudo aquilo que fere que polui que não produz que intoxica, enfim.... que não faz bem pra gente nem pra ninguém. Até a próxima!


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