Café Toda Tarde: A dama recomenda:

sexta-feira, 18 de março de 2011

A dama recomenda:

De volta para casa

Livro autobiográfico de John Grogan, mesmo autor de Marley & me, a emocionante história do espivetado labrador que acabou virando filme (com Jenifer Aniston no elenco, protagonizando Jenny, a esposa de Grogan).

Escrito com a mesma irreverência e humor de Marley e Eu (para quem não leu vale muito a pena!), John nos conta um pouco de sua história, infância, lembranças, medos, alegrias e frustrações. Ao mesmo tempo que emociona, faz você dar muitas gargalhadas. A relação com a família é abordada com freqüência, o que nos leva a pensar na nossa própria e mais uma vez confirmar que todos nós somos sujeitos aos mesmos sentimentos.

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Leitura Toda Tarde

A editora Martin Claret lançou essa trilogia Jane Austen : Razão e Sensibilidade, Orgulho e Preconceito e Persuasão, algumas leituras mais apreciadas da autora e que viraram sucesso nas telas. O título de Razão e Sensibilidade é uma referências das irmãs Elinor e Marianne, uma representando a razão e a outra a sensiblidade, que desafiam os padrões ingleses da época, dando importância à essência e ao que é verdadeiro e não às aparências. Tenho gostado cada vez mais desta autora, que não se rendeu à hipocrisia da sociedade. Palmas para Jane Austen!

Metade

Que a força do medo que tenho
não me impeça de ver o que anseio
Que a morte de tudo em que acredito
não me tape os ouvidos e a boca
pois metade de mim é silêncio
Que a música que ouço ao longe
seja linda ainda que tristeza
que a mulher que eu amo seja para sempre amada
mesmo que distante
porque metade de mim é partida
mas a outra metade é saudade.
Que as palavras que falo não sejam ouvidas como prece nem repetidas com fervor
apenas respeitadas como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimento
porque metade de mim é o que ouço mas a outra metade é o que calo
Que essa minha vontade de ir embora se transforme na calma e na paz que eu mereço
que essa tensão que me corrói por dentro seja um dia recompensada
porque metade de mim é o que penso e a outra metade um vulcão
Que o medo da solidão se afaste
que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável
que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso
que me lembro ter dado na infância
porque metade de mim é a lembrança do que fui e a outra metade não sei
Que não seja preciso mais que uma simples alegria pra me fazer aquietar o espírito
e que o teu silêncio me fale cada vez mais
porque metade de mim é abrigo mas a outra metade é cansaço
Que a arte nos aponte uma resposta mesmo que ela não saiba
e que ninguém a tente complicar
porque é preciso simplicidade para fazê-la florescer
porque metade de mim é platéia
e a outra metade é canção
E que a minha loucura seja perdoada
porque metade de mim é amor
e a outra metade também.

(Oswaldo Montenegro)

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sexta-feira, 18 de março de 2011

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