domingo, 6 de março de 2011

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Brincadeira de esconde de verdade

Olá, sou um gatinho de mais ou menos quatro meses chamado Charlie. Esse foi o nome que me deram. Fui abandonado numa rua escura do Jardim Leonor, ao anoitecer, como sempre fazem com meus iguais.

Me aproximei da primeira casa que avistei, um pouco assustado e me deparei com um enorme gato siamês de olhos azuis e orelhas pretas que não gostou nada nada da minha presença inesperada. Fui atacado. Jacob era o seu nome. Enciumado, quis defender seu território. A propósito a bondosa família que lá morava, a saber, um bonito casal e uma moça muito simpática, me acolheu, me alimentou e uns dias depois me deram até o meu nome.

Passei a viver num porão cheio de bagunças, o que me divertia bastante. Lá tinha mesas, cadeiras, papéis e outros objetos que não saberia dizer o nome. Ganhei uma caminha macia, toda verde de bolinhas brancas, mas nunca a usava, pois tinha o cheiro do monstro siamês. Puseram também um "pipi room" no canto, o que facilitou muito minha vida felina.

Meu dia a dia era viver escondido, à espreita, pois o gatão andava à solta. Às vezes me soltavam no quintal, o que me alegrava muito. Mas o que eu gostava mesmo era de estar junto deles. Então, vez ou outra, me punham na casa maior, aonde tinha vários cômodos e outros obstáculos legais. Lá me davam umas comidas diferentes, às quais sentia o cheiro de longe, gosto demais de comer.

Algumas vezes fui sorrateiramente atacado pelo bichano, que implacavelmente mostrava toda a sua fúria e descontentamento. Ficava com muito medo, mas aqueles humanos sempre vinham me proteger. Passei a gostar muito deles.

Às vezes eu sabia que estava sendo um problema, pois chegaram a botar minha foto no jornal, anunciando que eu precisava de um lar. Me ofereceram para muita gente, mas não consigo entender, ninguém me quis. Não sei qual será o meu destino, mas uma senhora mórmon, amante de gatos, aceitou ficar comigo. Penso que será minha última noite neste porão que se tornou meu lar nos últimos meses.

Sou grato pelo amor e carinho que me dispensaram e sou muito novo para desistir de lutar. Terei esperanças de encontrar um lar que eu não viva me escondendo o tempo todo. Qual será o meu destino? E quem o sabe o seu próprio? Desejem-me sorte e que o bondoso Deus que criou os felinos cuide de mim.

Essa é a minha prece. Esse é o meu início.

1 comentários:

Flávia Shiroma disse...

Olá Charlie!
Você sabia que você é um gatão muito lindo? É claro que vai encontrar um lar com muito amor para você morar! Acredite e confie da Patrícia, ela te ama muito e, mesmo te colocando no porão da bagunça, ela quer seu bem e faz isso para te proteger! Você vai ver, no final tudo vai dar certo!
Um beijo!!
Qualquer dia desses venha conhecer a Celeste e o Robinho!
:)

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Oi Patrícia!
O final do post me emocionou bastante, mas penso porque Deus vai resolver isso certinho! O gatinho é lindo de viver! Amo gatos!!!!!!!!
Parabéns

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